Choosing Wisely é uma campanha que visa conscientizar médicos para evitar condutas que levem os pacientes a se submeterem a procedimentos ineficientes e desnecessários.
A campanha Choosing Wisely foi lançada em 2012 para conscientizar profissionais da saúde – independentemente da área de atuação e especialidade – a reconsiderar certas condutas acerca da utilização exagerada ou imprópria de recursos médicos, questionando assim a eficácia de uma série de procedimentos.
Feita por médicos, como uma forma de autocrítica, a Choosing Wisely é direcionada principalmente para os próprios profissionais da saúde reverem suas atuações, e não envolve qualquer intuito primário para economia de recursos.
Esse esforço criado pela American Board of Internal Medicine Foundation (ABIM Foundation) surgiu a partir de um relevante estudo da Harvard Medical School e Beth Israel Deaconess Medical Center. Ambas as instituições apontaram que cerca de 60% dos exames laboratoriais são desnecessários ou subutilizados.
Traduzido para o português como "escolhendo sabiamente", a campanha visa o aperfeiçoamento da atividade médica e questiona a eficácia diante de uma série de procedimentos utilizados regularmente pelos seus profissionais. Dessa forma, o tratado dispensa maneirismos sobre o diagnóstico e tratamento de doenças, empregados em demasia pelas mais variadas especializações.
Partindo desse pressuposto, muitos procedimentos dispensáveis podem causar malefícios. Um exemplo disso são os falsos diagnósticos, mais recorrentes na área da saúde do que o tolerável. Muitas vezes o paciente saudável recebe resultados que não condizem com a realidade, causando ansiedade descabida.
A campanha cita, também, tratamentos que podem ser mais dolorosos para os pacientes que se encontram em situações irremediáveis. A quimioterapia para doentes em estágio terminal, por exemplo, foi destacada na lista da Choosing Wisely entre procedimentos que podem ser reavaliados. Nesse caso, em vez de conferir alívio nos sintomas, o tratamento geralmente causa mais sofrimento para o paciente com câncer irreversível.
Apesar de ser controverso por muitos profissionais da saúde, o Choosing Wisely vem sendo adotado gradativamente em vários países ao redor do mundo. A ação que começou nos EUA, já conta com mais de 70 sociedades médicas que fortalecem os preceitos empregados pela American Board of Internal Medicine Foundation.
Nações ricas como Alemanha, Austrália, Canadá, Inglaterra, Itália, Holanda, Japão, Nova Zelândia e Suíça já começam a aderir ao movimento. A estimativa é que em até duas décadas, os procedimentos desnecessários ou subutilizados sejam erradicados de vez da medicina.
Como não podiam ser diferentes, alguns profissionais da saúde brasileiros se tornaram entusiastas do movimento.
A Choosing Wisely, em seu site oficial, faz recomendações pontuais para cada especialidade. Seu principal objetivo é esclarecer e apontar para a classe médica, a ineficiência das mais variadas terapias (caso da quimioterapia aplicada para pacientes em estágio terminal), sobretudo os tratamentos que possuem eficácia desconhecida e não comprovada, além de diagnósticos e prognósticos discutíveis diante de situações inúteis.
Até pequenos procedimentos, tão comuns em hospitais e clínicas, foram contestados pela ABI Foundation. Desde o descarte do raio-x como único método de apuração, até a ineficácia do toque retal em exames de próstata são questionados constantemente pela campanha. Nada passou incólume sob o ponto de vista da Choosing Wisely, que indica métodos alternativos que podem substituir procedimentos precipitados.
Essa e outras enumerações levantadas pela ABI Foundation e seus profissionais, podem ser conferidas na íntegra no site oficial www.choosingwisely.org.
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