As doenças reumatológicas geralmente se manifestam em forma de lesões e inflamações que acometem a estrutura musculoesquelética do paciente, causando dor e limitação. Confira as principais patologias reumatológicas.
Com incidência maior em mulheres, as doenças reumatológicas geralmente se manifestam em forma de lesões e inflamações que acometem a estrutura musculoesquelética do paciente. Existe uma infinidade de tipos e subclassificações para cada doença, mas algumas se destacam entre as demais. Confira quais são elas.
O que é?
Existem mais de cem tipos de doenças reumatológicas identificadas pela medicina. As maiores vítimas dessas patologias, que atingem a estrutura musculoesquelética, são as mulheres. Embora homens também sejam acometidos por algumas dessas doenças reumáticas, é o sexo feminino que tende a sofrer mais com os transtornos causados pelas patologias.
Comumente, esses problemas de saúde começam a se manifestar a partir dos cinquenta anos de idade, trazendo assim um impacto negativo na qualidade de vida da pessoa afetada pelo transtorno. Afinal, as capacidades físicas, motoras e até psicológicas são severamente afetadas.
Conheça, a seguir, as principais doenças reumatológicas.
Artrite reumatoide
Caracteriza-se por uma doença inflamatória crônica, podendo acometer várias articulações simultaneamente. As mulheres estão sujeitas a sofrer com o problema, duas vezes mais do que os homens. De forma geral, a artrite reumatoide atinge pessoas jovens, de 30 a 40 anos.
O quadro sintomatológico apresentado pelo paciente envolve dores intensas, inchaço, calor e vermelhidão, principalmente nas mãos e nos punhos.
Se não houver tratamento adequado realizado por um reumatologista de confiança, a doença poderá progredir com deformidades nas articulações periféricas e perda de função, em virtude da destruição da cartilagem articular.
Artrose
É uma das doenças reumáticas mais comuns. Conhecida também como osteoartrose, a patologia tende a acometer as articulações dos joelhos, mãos, pés, quadril e coluna. Geralmente essa condição degenerativa se manifesta em pessoas com mais de 50 anos.
Além de dor intensa, a artrose também provoca deformações ósseas, limitações na deslocação do paciente, bem como incapacidade ao longo do tempo.
Quem tiver histórico familiar da doença e manifestar qualquer tipo de dor nas articulações, deve procurar por ajuda médica. Caberá ao reumatologista responsável a melhor direção para o tratamento da doença.
Fibromialgia
A fibromialgia pode se manifestar de forma isolada ou estar associada com outros problemas de ordem reumática. Nesse último caso, o paciente tende a sofrer com mais privações na capacidade de se movimentar.
Pessoas com artrite reumatoide e espondilite anquilosante podem vir a apresentar esse transtorno com o passar do tempo. A fibromialgia contribui para a intensidade dos problemas de dor e fadiga, mas não causa inflamação, como no caso das artrites.
Apesar de não ser identificada por meio de alterações em exames laboratoriais, essa doença reumática deve dispor de um tratamento dirigido. Para isso, o médico reumatologista deverá se atentar ao aumento do quadro de dor. Sendo assim, o paciente poderá ser encaminhado corretamente para a terapia mais eficaz no combate à fibromialgia.
Gota
Essa é uma condição inflamatória que, diferente da grande maioria das doenças reumáticas, acomete mais homens do que mulheres. A gota atinge as articulações do paciente que estiver com a taxa de ácido úrico acima do adequado. Geralmente a doença reumática se manifesta a partir dos 40 anos de idade em homens, enquanto nas mulheres a patologia dificilmente irá se apresentar antes da menopausa.
O paciente sofre com dores e inchaço, principalmente na articulação do dedão, tornozelo e joelhos. Além desse desconforto, a gota tende a se manifestar também por meio da presença de vermelhidão e calor sobre o local afetado.
Apesar de não ter cura, os desconfortos causados pela doença podem ser abrandados com acompanhamento de um reumatologista.
Lombalgia
Essa talvez seja a condição reumática mais comum que existe, podendo afetar uma a cada três pessoas. Na verdade, a lombalgia é na maior parte das vezes uma dor muscular que acomete a região lombar do paciente. Pode se originar de postura errada, movimento brusco, esforço exagerado, hérnia de disco, artrose, entre uma série de fatores.
A lombalgia também pode ser sinal de outras doenças. Por isso o paciente deve se atentar à recuperação gradual do quadro de dor. Se não houver melhora, um reumatologista deve ser consultado o mais rápido possível.
Reumatismo de partes moles (tendinite, bursite e tenossinovite)
Decorrentes do uso intenso e repetitivo das articulações e de lesões rotineiras, o reumatismo de partes moles pode se manifestar por tendinite, bursite, tenossinovite, entre outras patologias.
Na tendinite, os tendões, que servem como extensão dos músculos para se interligarem aos ossos, apresentam um quadro inflamatório. Geralmente associado ao número excessivo de lesões e esforços repetidos na região dos ombros, nádegas e dedos das mãos.
A bursite é muito parecida, já que afeta as bursas, estruturas responsáveis por proteger os músculos e tendões do contato ósseo. São mais comuns em quadris, ombros, joelhos e cotovelos.
Por fim a tenossinovite acomete a bainha do tendão em que o músculo está conectado com a estrutura óssea. Nesse caso os pés, as mãos e os punhos costumam ser as partes mais afetadas.
Nos três casos, o paciente se queixa de dor intensa, inchaço e limitação de movimentos. Felizmente são condições reumáticas curáveis em poucos dias.
Lúpus eritematoso sistêmico (LES)
Essa é uma condição autoimune crônica que pode se apresentar em vários órgãos. Tanto de forma cutânea, ou seja, na pele do paciente, quanto internamente. Por se desenvolver nas mais variadas regiões de um indivíduo, o quadro sintomatológico do lúpus eritematoso sistêmico é extenso.
O lúpus não possui uma causa conhecida, embora as predisposições genética, hormonal e ambiental estejam entre as características mais defendidas pela literatura médica. O que se sabe é que o desequilíbrio na produção de anticorpos é influência determinante para o surgimento dessa patologia.
Como doença reumatológica, o quadro de lúpus pode se desenvolver com inflamação nas articulações, ocasionando dores pelo corpo, fadiga, perda de apetite, emagrecimento e desânimo.
Esclerodermia
Mais comum entre mulheres, a esclerodermia caracteriza-se por uma doença imunológica autoimune crônica que endurece a pele e os tecidos conjuntivos. Ou seja, a epiderme do paciente torna-se mais espessa, lisa e sem elasticidade. A esclerodermia é causada pelo acúmulo de colágeno nos tecidos e existem dois tipos da doença: a sistêmica, que afeta pele e órgãos internos, e a localizada que, como o próprio nome salienta, aparece apenas em uma área da pele.
A patologia ainda está associada ao Fênomeno de Raynaud, no qual o corpo reage de forma exagerada às baixas temperaturas, fazendo com que o paciente fique com as extremidades do corpo dormentes e frias e, por vezes, com alteração na cor da pele (arroxeada).
Poliomialgia
Também associada à rigidez, a poliomialgia é uma doença inflamatória que, de forma geral, atinge pessoas a partir da quinta década de vida. O pescoço, ombros e quadris são as áreas comumente afetadas pela patologia.
Pouco se sabe sobre a doença ou suas causas. Apenas os sintomas pouco convencionais como a rigidez incapacitante. Além do mais, o paciente poderá vir a sofrer com fadiga, perda de peso e depressão.
A condição também está associada à artrite temporal, inflamação que acomete as porções laterais do crânio. Muitas vezes o problema contribui para o desenvolvimento de bloqueios do vaso sanguíneo e até perdas de funções. O paciente também manifesta dor mandibular e fortes enxaquecas. Além disso, cerca de 15% dos pacientes com poliomialgia tendem a desenvolver a artrite temporal.
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