Você sabia que bebês podem nascer com torcicolo? A boa notícia é que o torcicolo congênito tem tratamento com índices altos de sucesso. Os sintomas podem ser percebidos pelos pais e diagnosticados de maneira simples e rápida.
Pescoço “travado”, dificuldade para se mexer, incômodo constante... Quem já teve torcicolo com certeza se lembra desses sintomas. É bastante comum ver essa condição em adultos, mas ela também acomete crianças, inclusive bebês nos primeiros meses de vida: é o chamado torcicolo congênito.
O que é?
O torcicolo se caracteriza por uma contratura da musculatura do pescoço, ou seja, um encolhimento do músculo. Já a palavra ‘congênito’ é usada para indicar uma característica ou condição que o bebê adquiriu enquanto ainda estava no útero. A partir dessas duas informações pode-se compreender, então, o torcicolo congênito: a contração de um dos lados do músculo esternocleidomastoideo (músculo do pescoço), que acontece já no período da gestação e que é percebida – e diagnosticada – após o nascimento da criança.
Como reconhecer o torcicolo congênito?
Mães e pais estão sempre atentos ao desenvolvimento dos filhos. Os primeiros movimentos, o abrir e mexer dos olhos, os sons emitidos, etc. Grande parte das patologias é reconhecida assim, pelo observar dos pais. Com o torcicolo congênito não é diferente.
O sintoma mais comum é a cabeça torta, inclinada para o lado do músculo contraído, com o queixo apontando para o lado oposto. É claro que vez ou outra qualquer bebê vai pender a cabeça para o lado, já que o corpo está em processo de estruturação. Por isso, é importante avaliar se essa é uma posição recorrente e se o bebê demonstra, por exemplo, incômodo para virar o pescoço para o lado oposto.
Outro alerta do torcicolo congênito é a posição em que a criança dorme. Em geral, os bebês com a condição tendem a preferir deitar de lado ou de barriga para baixo, com o lado do pescoço afetado encostado no travesseiro ou colchão (justamente para aliviar a tensão).
As mamães e os papais podem ficar tranquilos porque a dor não é um sinalizador da condição. A criança costuma sentir um incômodo quando tenta virar a cabeça – e até uma dorzinha leve, mas o torcicolo congênito não se caracteriza por um quadro de dor constante.
As causas ainda não são completamente conhecidas, mas existem algumas hipóteses de fatores que podem desencadear a condição, como a posição do bebê dentro do útero; hereditariedade; interrupção do fluxo sanguíneo para o músculo do pescoço; resultado de lesão decorrente do parto ou a união de dois ou mais fatores.
Diagnóstico
Independentemente do que tenha causado o torcicolo congênito, uma coisa é fato: quanto antes ele for diagnosticado, melhor para o bebê que vai poder ser tratado e levar uma vida normal. Por isso, é extremamente importante procurar um neurologista pediátrico assim que os sinais forem percebidos, pois como a cabeça dos bebês é muito frágil e flexível, caso não haja uma conduta adequada pode ocorrer o desenvolvimento de uma grande deformidade craniana de característica posicional chamada de plagiocefalia posicional, que é muito mais intensa nestas crianças.
Identificar a condição é rápido e simples. O especialista vai realizar alguns exames físicos, analisando a posição da cabeça da criança e a rotação da mesma e, a partir dessas informações, identificar ou não se há torcicolo congênito. Também é comum que haja a presença de um nódulo pequeno (que tende a desaparecer antes do primeiro ano de vida), de até três centímetros. O médico também pode solicitar outros exames para descartar possibilidades de doenças associadas.
Tratamento
A fisioterapia é a grande aliada no do torcicolo congênito. Os índices de sucesso são altíssimos e, depois de tratados, os bebês seguem a vida normalmente, sem nenhuma sequela.
Durante as sessões de fisioterapia, os profissionais realizarão alongamentos na região cervical e massagens que vão ajudar a aliviar a contração do músculo e reduzir o encurtamento do músculo. É importante que os pais embarquem junto nessa etapa. Em geral, os fisioterapeutas ensinam os responsáveis pela criança a realizar os movimentos para que o tratamento continue em casa. Além disso, eles também mostram como colocar o bebê na postura correta para sentar, deitar, etc.
Portanto, a fisioterapia, o acompanhamento com o fisiatra e a continuação do tratamento em casa são as chaves para o avanço do quadro. Quando diagnosticado precocemente, o bebê costuma apresenta melhora total antes de completar o primeiro ano de vida.
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